MPT-RJ faz proposta de reajuste a aeroviários e empresas aéreas na tentativa de trégua

Trabalhadores farão nova assembleia nesta quarta-feira (3/2) para avaliar possibilidade de suspender a greve, no intuito de reabrir negociação com empresários

Os sindicatos dos aeroviários e das empresas aéreas se reuniram, nesta terça-feira (2/2), no Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), no intuito de discutir a proposta de reajuste para a categoria. Os profissionais, que atuam nos aeroportos e empresas de táxi aéreo, anunciaram que vão iniciar uma paralisação de 48 horas à meia noite, que vai afetar 30% do efetivo. Na audiência, o MPT-RJ propôs um reajuste de 11% parcelado de fevereiro até outubro para os profissionais, além de pagamento de abono de R$400 a R$600. A proposta será levada à assembleia dos trabalhadores nesta quarta-feira (3/1) para que avaliem a possibilidade de uma trégua na greve.

“O objetivo é que o impasse seja superado com o melhor resultado para ambas as categorias”, destacou a procuradora regional do Trabalho Deborah Felix, que conduziu a negociação. Pela proposta do MPT-RJ, os trabalhadores com salários de até R$1.500, além de todos cujo piso salarial vai até essa faixa, teriam reajuste de 11% parcelado em fevereiro e junho, além de abono de R$ 600 pago em parcela única. O objetivo do abono, segundo a procuradora, é minimizar as perdas que os trabalhadores terão, visto que o reajuste não será retroativo à dezembro, período de data base da categoria.

O benefício para essa faixa salarial, segundo o Sindicato dos Trabalhadores (SIMARJ) atende cerca de 50% da categoria, que conta com aproximadamente 8 mil profissionais no município do Rio de Janeiro. Já os aeroviários que ganham de R$ 1.500 a R$ 10.000, pela proposta, teriam o mesmo reajuste parcelado de fevereiro a outubro, além de abono de R$400. Para trabalhadores com salário acima de R$ 10.000, o reajuste seria em valores fixos mais abono.

A proposta do MPT-RJ engloba ainda incremento de 11% nos benefícios de vale alimentação e refeição, seguro de vida e diárias nacionais, retroativo a 1º de dezembro de 2015.A representante do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), que reúne as grandes companhias aéreas, como Gol, Tam, Avianca e Azul, se comprometeu a levar a proposta para análise dos empresários.

Já os representantes do SIMARJ vão convocar assembleia nesta quarta-feira (3/1) para que a proposta seja discutida com a categoria e avaliada a possibilidade de suspender a paralisação até nova audiência no MPT-RJ, que ficou agendada para quinta-feira (11/2) às 15h, após o carnaval. Segundo o sindicato, a greve que terá início à meia noite vai paralisar 30% das atividades.

Táxi aéreo – Em relação aos aeroviários de empresas de táxi aéreo, ficou acordado que o sindicato das empresas (SNETA) encaminhará proposta de reajuste ao SIMARJ, no prazo de 72 horas, para que seja avaliada pela categoria. Nova audiência no MPT-RJ ficou agendada para o dia 24 de fevereiro, no intuito de que empresas e trabalhadores consigam resolver o impasse por meio de acordo. Segundo o sindicato patronal, há cerca de 400 aeroviários atuando em empresas de táxi aéreo na capital fluminense.

A procuradora Deborah Felix também determinou a intimação do Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Sineata) a comparecer em audiência na sexta-feira (12/2) às 14h no MPT-RJ para participar de mediação com o SIMARJ. O Sineata foi convocado para a audiência de hoje, mas não compareceu.

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Tags: greve, paralisação nacional, aeroviários, aeroportos, empresas aéreas, táxi aéreo

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