Projeto “Escravo, nem pensar!” conclui formação de assistentes sociais no combate ao trabalho escravo

Iniciativa capacitou 460 profissionais da cidade do Rio de Janeiro

No último dia 5, a Organização Não Governamental (ONG) Repórter Brasil realizou o encontro de conclusão do projeto de formação continuada “Escravo, nem pensar!: Atendimento humanizado ao migrante e prevenção ao trabalho escravo e tráfico de pessoas” para profissionais de 43 unidades socioassistenciais do Rio de Janeiro.

A iniciativa é uma parceria entre Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), a ONG Repórter Brasil, a Cáritas Arquidiocesana e Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo, no âmbito do Projeto Ação Integrada.

O objetivo do projeto é fortalecer o atendimento a grupos vulneráveis ao trabalho escravo, sobretudo migrantes internacionais, e ampliar a identificação e encaminhamento de denúncias relacionadas a essa violação de direitos humanos.

Foto: ONG Repórter Brasil
Foto: ONG Repórter Brasil

No encontro, as profissionais formadas pelo “Escravo, nem pensar!” compartilharam os resultados das atividades informativas e educativas realizadas ao longo de 2019. Até o mês de julho de 2019, o projeto formou 460 profissionais de assistência social no município. Desses 59 compunham o público direto e 401, o indireto, atingindo 102 unidades socioassistenciais. Dos CRAS e CREAS foram 83,6% de unidades formadas.

As ações foram direcionadas a diferentes grupos sociais, como crianças, adolescentes, idosos, jovens que cumprem medidas socioeducativas, famílias inscritas no Bolsa Família, população em situação de rua, imigrantes, entre outros.

Nessa fase de mobilização territorial, as técnicas envolveram outras 32 unidades da rede socioassistencial, para além daquelas que compõem o grupo de referência do projeto. Para ampliar ainda mais o alcance das atividades de prevenção ao trabalho escravo, foram realizadas parcerias e rodas de conversa com outras 18 instituições locais, como escolas, equipamentos de saúde, associações de moradores e igrejas. Os resultados finais do projeto, ainda em fase de sistematização, serão divulgados em uma publicação impressa.

Como desdobramento, as instituições responsáveis pelo projeto planejam elaborar em 2020 um protocolo sobre atendimento a casos de trabalho escravo na rede socioassistencial do Rio de Janeiro.

Sobre o projeto

O grupo de referência do projeto foi composto por profissionais de 22 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), 14 Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e 10 Coordenadorias de Assistência Social e Direitos Humanos (Casdh) do município do Rio de Janeiro (RJ).

Entre março e outubro, a equipe do ENP! realizou cinco encontros formativos com as assistentes sociais, fornecendo materiais didáticos e orientações técnicas sobre os temas do trabalho escravo e da migração. O ENP! promoveu ainda rodas de conversa com representantes de instituições envolvidas com o combate ao trabalho escravo no município, como o Ministério Público do Trabalho, Subsecretaria de Inspeção do Trabalho/Ministério da Economia, Cáritas e Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O projeto conta com o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro (Smasdh-RJ) e da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo no Rio de Janeiro (Coetrae-RJ).

Fonte: ONG Repórter Brasil

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