MPT-RJ participa da pré-estreia do filme Pureza

Filme trata do trabalho escravo contemporâneo e mostra o contexto de criação dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel de Trabalho Escravo

Na última sexta-feira, 29 de abril, o Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) esteve presente na pré-estreia do filme “Pureza”. A obra, que contou com o apoio do MPT, desperta a consciência para uma das causas que mais tem suscitado debate atualmente: o trabalho escravo contemporâneo. Baseado na história real de Pureza Lopes Loyola, o enredo mostra a história de uma mãe em busca de seu filho submetido a trabalho escravo que acabou inspirando a criação dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel nos anos 90 no país.

O evento foi apoiado pelo MPT-RJ, Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), Freedom Fund, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Gaya Filmes e Ligocki Entretenimento. Acompanharam a pré-estreia as procuradoras do MPT-RJ, Guadalupe Couto e Juliane Mombelli, coordenadoras regionais da Coordenadoria Regional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (CONAETE). A sessão ocorreu no Cinema Estação NET Botafogo e também contou com a presença das procuradoras Luciene Vasconcelos, Fernanda Diniz, Virgínia Henrique e do procurador Rafael Garcia.

Depois da sessão, a procuradora Guadalupe Couto participou de uma roda de conversa sobre o filme e destacou: “A sociedade é conivente com o trabalho escravo contemporâneo, ele existe e está presente em várias atividades econômicas, não só no meio rural, mas também, no urbano. Pureza descortina, por meio da envolvente história da mãe que procura o seu filho, a realidade vivenciada pelos trabalhadores rurais e como os elementos caracterizadores da escravidão contemporânea se concretizam. O filme é envolvente, porque ao tratar desse tema tão delicado, provoca a empatia nas pessoas. É impossível não se colocar no lugar da mãe, do filho e dos trabalhadores explorados. Tenho esperança que Pureza faça com que a sociedade saia da posição de condescendente e passe a obstar essa grave violação aos direitos humanos.”

Confira trecho da fala da procuradora Guadalupe.

Para a procuradora Juliana Mombelli, “o filme é importante para entender a ocorrência de trabalho escravo contemporâneo no Brasil e como ocorre o combate ao trabalho escravo pelos órgãos de fiscalização. Embora seja inspirado em uma história ocorrida nos anos 90, as mesmas situações semelhantes de grave violação de direitos humanos ainda hoje são encontradas em ações de combate ao trabalho escravo das quais o MPT participa.”

O filme, dirigido por Renato Barbieri e estrelado por Dira Paes e Flávio Bauraqui, terá sua estreia oficial nos cinemas no dia 19 de maio.

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